As 5 Fases do Pentest em Fusões e Aquisições (M&A)

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Júlia Valim

As 5 Fases do Pentest em Fusões e Aquisições (M&A)

À medida que a transformação digital impulsiona o crescimento das empresas, fusões e aquisições (M&A) se tornam estratégias comuns para ampliar capacidades e acessar novos mercados.

No entanto, com a complexidade das infraestruturas digitais e o aumento das ameaças cibernéticas, a integração de duas empresas vai além da avaliação financeira e operacional.

A segurança cibernética, frequentemente subestimada, se apresenta como um dos maiores desafios durante o processo de transição.

A implementação de simulações de ataques cibernéticos, principalmente por meio de pentests, se mostra uma abordagem ideal para identificar e corrigir vulnerabilidades, protegendo os ativos essenciais e evitando riscos futuros.

Entenda a relação: Pentest x M&A

A realização de fusões e aquisições (M&A) envolve uma série de processos complexos, onde uma avaliação rigorosa de todos os aspectos da empresa-alvo é essencial. Entre os fatores mais críticos estão as questões de segurança cibernética, que muitas vezes podem ser negligenciadas durante a análise financeira e operacional. É nesse contexto que o pentest se torna um aliado poderoso para proteger os ativos da empresa compradora e garantir uma transação segura.

Quando se trata de fusões e aquisições, a necessidade de realizar um pentest antes da transação torna-se ainda mais relevante. Durante o processo de due diligence (análise detalhada de informações da empresa-alvo), a segurança cibernética deve ser uma das prioridades. Isso porque uma empresa pode esconder vulnerabilidades críticas que, se não forem identificadas a tempo, podem resultar em danos significativos à empresa compradora, afetando seus dados, sistemas financeiros ou até mesmo sua reputação.

Além disso, as plataformas de Pentest as a Service (PtaaS) como a Vantico oferecem uma solução prática e eficiente, permitindo que as empresas conduzam testes em grande escala. Com uma abordagem mais rápida e flexível, torna-se mais fácil a execução de múltiplos testes em ativos diferentes durante o processo de M&A. Com isso, é possível identificar uma gama maior de vulnerabilidades em menos tempo, facilitando a tomada de decisões dentro de um cenário que permanece em constante atualização.

Due Diligence e Fusões e Aquisições (M&A)

A due diligence é um processo de investigação detalhada de uma empresa antes de uma transação, como fusões e aquisições, para avaliar riscos e oportunidades. No contexto de segurança cibernética, a due diligence visa identificar vulnerabilidades nos sistemas e práticas de privacidade de dados da empresa-alvo. O pentest é uma ferramenta crucial nesse processo, pois simula ataques cibernéticos para detectar falhas de segurança. No contexto das fusões e aquisições, a due diligence de cibersegurança foca em três áreas principais:

Avaliação das Políticas de Segurança Cibernética da Empresa-Alvo:

Revisar as práticas de segurança cibernética atuais da empresa-alvo para entender como ela gerencia seus ativos e dados críticos.

Análise da Segurança da Rede:

Realizar uma avaliação detalhada da infraestrutura de rede da empresa-alvo, conduzida por especialistas externos, para identificar vulnerabilidades que possam ser exploradas após a aquisição.

Revisão dos Termos do Acordo de Aquisição:

Garantir que as questões relacionadas à segurança cibernética estejam claramente refletidas nos termos do contrato, abordando responsabilidades e possíveis riscos futuros.

Uma due diligence de segurança cibernética eficaz não se limita a uma simples análise, mas envolve uma avaliação profunda da postura de segurança organizacional, seguida por ações corretivas e preventivas para fortalecer a infraestrutura de TI da empresa adquirente. Ao planejar cuidadosamente a segurança e conduzir uma due diligence cibernética completa, as empresas podem mitigar riscos e garantir uma transição segura e sustentável no processo de fusão ou aquisição.

A Importância do Pentest nas Fases de M&A

As fusões e aquisições passam por diferentes estágios, e a segurança cibernética precisa ser integrada desde o início. Pode-se dividir cada momento do pentest durante fusões e aquisições em fases, com:

Pentest nas Fases de M&A

Fase 1: Due Diligence de Cibersegurança Pré-Fusão

Antes de uma fusão ou aquisição, é preciso realizar uma avaliação da postura de cibersegurança da empresa-alvo. O pentest nesta fase envolve:

  • Análise de vulnerabilidades: avaliar todos os ativos digitais da empresa-alvo, incluindo aplicativos, infraestrutura de rede, sistemas em nuvem e on-premise.
  • Auditoria de conformidade: verificar se a empresa segue regulamentos como GDPR, PCI-DSS, CCPA e outros requisitos de segurança e privacidade de dados.
  • Riscos de terceiros: avaliar as ameaças cibernéticas associadas a fornecedores e parceiros terceirizados.

A realização de pentests nesse estágio ajuda a identificar possíveis falhas antes da finalização do negócio e reduz o risco de surpresas cibernéticas durante a integração das duas empresas.

Fase 2: Day One – Ações Imediatas Pós-Fusão

Após a fusão ou aquisição, as empresas precisam implementar medidas imediatas para proteger seus sistemas e dados. Algumas ações essenciais incluem:

  • Segurança nas comunicações: garantir canais de comunicação seguros entre as equipes de TI e os stakeholders.
  • Segurança de rede e acesso: manter a segmentação de rede entre as duas infraestruturas para evitar riscos de invasão e garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso aos sistemas críticos.
  • Proteção de Sistemas Críticos: Priorizar a segurança de sistemas como servidores de e-mail, bancos de dados financeiros e dados de clientes.

O pentest nesta fase ajuda a garantir que as novas infraestruturas não apresentem brechas de segurança enquanto o processo de integração está em andamento.

Fase 3: Integração de Sistemas de Segurança e Infraestrutura de TI

Com a integração de sistemas de segurança, as empresas devem:

  • Centralizar logs e monitoramento: integrar logs de segurança e estabelecer monitoramento contínuo.
  • Gerenciar identidade e acesso: unificar sistemas de gerenciamento de identidade (IAM) e implementar autenticação multifatorial (MFA).
  • Segurança de endpoints: padronizar a detecção e resposta a incidentes em endpoints de ambas as empresas.

Os pentests devem ser realizados após a integração para identificar e corrigir vulnerabilidades remanescentes.

Fase 4: Integração de Dados, Aplicações e Nuvem

A migração de dados e a unificação de aplicações exigem atenção especial para evitar falhas de segurança, incluindo:

  • Proteção de dados: migrar dados críticos de forma segura e garantir que sejam criptografados adequadamente.
  • Segurança de aplicações: realizar testes de segurança nos aplicativos migrados e garantir que as políticas de segurança estejam padronizadas entre as duas empresas.
  • Infraestrutura em nuvem: integrar ambientes de nuvem com segurança, adotando a abordagem de Zero Trust.

Fase 5: Monitoramento Contínuo, Testes e Otimização

Após a fusão, a segurança não termina. É fundamental garantir que:

  • Monitoramento contínuo: estabelecer processos contínuos de monitoramento para detectar e mitigar ameaças cibernéticas em tempo real.
  • Treinamento de conscientização: promover treinamentos para funcionários, garantindo que estejam cientes das novas políticas de segurança e das ameaças cibernéticas em evolução.

Benefícios do Pentest para M&A

Integrar o pentest ao processo de M&A traz vários benefícios essenciais para garantir a segurança da transação entre empresas:

  • Identificação e Mitigação de Riscos: O pentest permite detectar vulnerabilidades que poderiam ser negligenciadas durante o processo de due diligence.
  • Proteção de Ativos Críticos: Empresas podem proteger informações sensíveis, garantindo que a aquisição não exponha dados valiosos a riscos.
  • Eficiência e Escalabilidade: O uso de plataformas como o PtaaS oferece uma maneira eficiente de realizar testes de segurança em um grande número de ativos, economizando tempo e recursos.
  • Prevenção de Violações de Dados: Ao identificar e corrigir falhas antes que elas sejam exploradas, as empresas evitam custos e danos à reputação decorrentes de vazamentos de dados.

Em termos práticos, a realização de pentests em fusões e aquisições permite que a empresa compradora antecipe-se a possíveis riscos, garantindo que dados confidenciais, sistemas financeiros e outros ativos essenciais estejam protegidos. A detecção precoce de falhas de segurança pode prevenir custos elevados no futuro, evitar multas regulatórias e proteger a integridade da transação como um todo.

Portanto, o pentest não é apenas uma ferramenta de segurança, mas um componente essencial no processo de M&A. Ele oferece uma camada adicional de proteção, permitindo que as empresas tomem decisões mais informadas e seguras, minimizando os riscos cibernéticos que poderiam comprometer o sucesso da fusão ou aquisição.

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