Rotação de Fornecedor de Pentest
O Pentest já se tornou parte fundamental da estratégia de segurança ofensiva da maioria das empresas que buscam proteger seus ativos. E o fornecedor por trás desses testes tem impacto direto nos resultados.
Mas e quando esse fornecedor já acompanha a empresa há anos? Será que manter o mesmo parceiro é sinônimo de consistência, ou é hora de buscar uma nova visão?
Neste artigo, vamos falar sobre a prática de rotação de fornecedores de Pentest, os benefícios, riscos e critérios.
O que é a Rotação de Fornecedor de Pentest?
A rotação de fornecedor de Pentest é a prática de trocar de provedor periodicamente (a cada dois ou três anos, por exemplo), visando obter diferentes perspectivas técnicas, reduzir o viés de familiriaridade e aumentar o alcance dos testes.
Essa prática começou a ser recomendada nos primeiros anos de existência do Pentest, quando a variedade de fornecedores e testers ainda era pequena.
Porém, essa estratégia continua sendo adotada por empresas até hoje, mesmo com um mercado maior de provedores e de hackers éticos.
Benefícios da Rotação de Fornecedores de Pentest
- Perspectiva técnica abrangente e atualizada
Fornecedores diferentes possuem diferentes abordagens, metodologias e testers.
Isso pode revelar vulnerabilidades antes despercebidas, especialmente aquelas relacionadas ao ambiente, integrações ou arquitetura.
- Diferentes técnicas
Cada equipe também tem seus próprios conjuntos de ferramentas, frameworks e proficiência em diversas técnicas de exploração.
Alternar fornecedores pode enriquecer o escopo e garantir testes mais diversos e profundos.
- Menos pontos cegos
A familiaridade excessiva com o ambiente pode criar pontos cegos.
Uma nova equipe tende a questionar pressupostos, testar caminhos diferentes e simular vetores de ataque alternativos.
- Benchmarking
Ao alternar fornecedores, também é possível analisar e comparar o tempo de resposta, profundidade dos relatórios, clareza na comunicação e qualidade das recomendações de diferentes empresas.
Riscos e desafios da Rotação
- Perda de contexto
O novo fornecedor não possui o histórico completo de vulnerabilidades, arquitetura e desafios internos.
Isso pode levar a um onboarding mais lento e menos preciso, prejudicando algumas etapas da execução do teste.
- Aumento da carga operacional
Trocar de fornecedor também exige muito tempo da equipe interna, para o novo parceiro ser aprovado, além das reuniões de alinhamento, validação do escopo e ambientação.
Dependendo da maturidade interna, esse processo pode ser custoso.
- Inconsistência nos relatórios
Ao trabalhar com diferentes fornecedores, será preciso armazenar e comparar relatórios bastante distintos, dificultando a análise da evolução da postura de segurança e da mitigação de vulnerabilidades.
- Risco de escolher errado
Essa prática também deixa a empresa suscetível a simplesmente escolher errado, trocando para um fornecedor menos experiente ou que não conhece bem o seu setor.
Isso torna o teste mais lento, reduzindo a qualidade e confiabilidade dos resultados.
Quando devo considerar rotacionar o fornecedor?
Nossa recomendação é que você mude de fornecedor somente se estiver insatisfeito com os resultados do provedor atual. Alguns casos em que isso pode acontecer são:
- Quando notar menor profundidade técnica nos testes recentes.
- Quando o fornecedor não se atualiza mais em relação a novas técnicas de ataque.
- Em mudanças de arquitetura significativas (cloud, microsserviços, DevSecOps), que exigem provedores com mais experiência naquela área específica.
- Quando desejar trocar os testes tradicionais pelo Pentest as a Service (PTaaS) e ampliar a maturidade do programa.
Quando não rotacionar o fornecedor de Pentest
Alguns sinais de que o seu fornecedor atual está prestando um bom serviço são:
- Ele demonstra proatividade, evolução técnica e entendimento profundo do seu ecossistema.
- Existe integração com outras áreas.
- Quando o histórico de testes é usado ativamente na evolução do plano de ação.
Checklist para avaliar seu fornecedor atual
Responda “sim” ou “não” para as perguntas abaixo:
- Se você respondeu “sim” entre 4-5 vezes: seu fornecedor provavelmente é um parceiro sólido.
- Se você respondeu “sim” 2 ou 3 vezes: pode ser hora de reavaliar. Talvez você deva buscar uma segunda opinião.
- Se você respondeu “sim” 1 ou nenhuma vez: a troca pode ser uma ação urgente.
Como realizar a transição com segurança
Caso exista a necessidade de trocar o seu fornecedor, as seguintes ações irão ajudar a tornar o processo mais seguro:
- Mantenha um repositório dos testes anteriores.
- Padronize os critérios de avaliação, para comparar as entregas técnicas de diferentes fornecedores.
- Faça uma transição gradual.
- Envolva diferentes áreas, como DevOps e Jurídico.
O que considerar ao escolher um Fornecedor
Ao buscar por um fornecedor, sempre leve em consideração os seguintes pontos:
- Experiência no seu setor.
- Entrega técnica clara e com metodologia bem definida.
- Reteste e suporte pós-entrega.
- Segurança e conformidade do próprio fornecedor.
Perguntas Frequentes sobre Rotação de Fornecedores de Pentest
- A Vantico recomenda rotacionar fornecedores de Pentest?
Não como prática padrão.
A Vantico acredita que relações de longo prazo, com fornecedores que evoluem tecnicamente junto com o cliente, oferecem melhores resultados em segurança.
- Em que situações a rotação pode fazer sentido?
A rotação pode ser considerada quando há sinais claros de estagnação técnica, problemas de comunicação, ou quando exigências regulatórias exigem independência entre ciclos de teste.
Ainda assim, uma conversa transparente com o fornecedor atual pode resolver muitos desses pontos.
- A troca frequente de fornecedores melhora a segurança?
Nem sempre.
A troca recorrente pode gerar perda de contexto, retrabalho e inconsistência na análise de vulnerabilidades.
- O que fazer antes de considerar a rotação?
Antes de trocar, avalie se o problema está na comunicação, no escopo ou na falta de alinhamento com as expectativas.
Um bom fornecedor estará aberto ao feedback e à evolução.
A Vantico é pioneira em Pentest as a Service no Brasil e já atendeu +150 clientes, protegendo mais de R$100 milhões em valor de mercado.
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