KPIs para medir a eficácia do seu Pentest

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Júlia Valim

Métricas e KPIs para medir a eficácia do Pentest

No cenário atual de segurança cibernética, o pentest já se encontra mais do que solidificado como uma ferramenta importante, tanto na prevenção quanto na compreensão e mitigação de riscos. No entanto, apenas realizar o pentest, sem de fato entender o seu resultado e em quais frentes a empresa precisa atuar, torna-se um investimento desperdiçado.

A avaliação e a qualificação contínua do processo por meio de métricas e indicadores-chave de desempenho (KPIs) são fundamentais para garantir que o pentest esteja atendendo às expectativas e gerando eficácia e valor real para a empresa. Por isso, é necessário entender o quê avaliar dentro de um pentest.

Como entender a eficácia do Pentest?

A eficácia de um pentest não se resume apenas ao número de falhas ou vulnerabilidades identificadas. A verdadeira medida do sucesso de um programa de pentest vai além dos números brutos. É necessária uma avaliação contínua de como as informações geradas pelos testes estão sendo usadas para melhorar a segurança geral da infraestrutura de TI da empresa.

Entender a eficácia do pentest significa analisar não apenas o que foi encontrado, mas como essas descobertas foram tratadas. A implementação de correções, a velocidade na resposta a incidentes e a capacidade de impedir ataques futuros são pontos delicados, porém extremamente importantes. A integração do pentest com um ciclo de feedback  permite o aprimoramento contínuo das práticas de segurança.

Logo, ao receber os números brutos de um pentest, é preciso refiná-los com base em métricas e KPIs.

Qualificando o Pentest: Métricas e KPIs

A qualificação de um pentest envolve a medição do impacto e dos resultados obtidos por meio do processo. Para isso, é necessário estabelecer métricas e KPIs que ajudem a mensurar o desempenho da atividade de pentest. As métricas fornecem dados quantitativos, enquanto os KPIs interpretam esses dados, fornecendo insights estratégicos sobre a segurança.

As métricas relacionadas ao pentest podem incluir aspectos como a quantidade de vulnerabilidades detectadas ou o tempo necessário para corrigir falhas críticas. Já os KPIs são usados para traduzir esses números em algo mais significativo para a gestão de segurança, como a redução de vulnerabilidades ao longo do tempo ou a eficácia na prevenção de riscos significativos.

A OWASP sugere que um quadro robusto de métricas de segurança de aplicações (AppSec) deve considerar áreas como:

  • Métricas de Processo de Segurança de Aplicações.
  • Métricas de Risco.
  • Métricas de Ciclo de Vida de Desenvolvimento (SDLC).

Quais métricas e KPIs devem ser considerados?

O primeiro passo é entender que existe uma pluralidade, tanto de métricas quanto de KPIs. O que isso significa? A princípio, existem diversas abordagens disponíveis, mas o mais importante é entender o que essas abordagens e resultados podem se converter para a empresa. Analisando a quantidade e relação de KPIs e métricas corretas, a empresa consegue uma visão ampla e certeira sobre o impacto do pentest. Alguns itens a serem avaliados são:

Superfície de ataque: aqui ficam descritos os sistemas, aplicativos e endpoints abrangidos durante o pentest. Essa superfície vai definir de forma nítida o escopo do teste, garantindo que todas as áreas críticas sejam testadas.

Cadência de teste: a cadência do pentest nada mais é do que frequência na qual ele precisa ser realizado. Pentests regulares ajudam a manter a avaliação contínua, além de identificar vulnerabilidades de uma forma mais proativa. A cadência varia de empresa para empresa, conforme modelo de negócio ou demanda.

Métodos de Pentest: a adoção de metodologias como OSSTMM (Open Source Security Testing Methodology Manual) ou OWASP ajudam a garantir uma abordagem estruturada e padronizada no pentest, além de simular ataques realistas como injeção de SQL ou engenharia social.

Taxa de descoberta de vulnerabilidades: este ponto precisamente é uma métrica. Aqui, calcula-se a quantidade de vulnerabilidades dentro do escopo pré-definido do pentest. Uma alta taxa de descoberta pode indicar que o pentest está sendo eficaz em identificar falhas.

Vulnerabilidades críticas: as vulnerabilidades devem ser classificadas de acordo com sua gravidade. As vulnerabilidades críticas, que representam riscos elevados à segurança, devem ser tratadas com prioridade máxima.

Taxa de falsas vulnerabilidades: esses falsos positivos refletem a precisão do pentest. Se muitas falhas identificadas não podem ser reproduzidas ou não representam riscos reais, isso pode diminuir a eficácia do pentest.

MTTR (Tempo Médio de Resolução): o MTTR mede a velocidade com que as vulnerabilidades são corrigidas após serem identificadas. Um MTTR baixo é essencial para a manutenção de um sistema seguro, especialmente quando falhas críticas são encontradas.

Conformidade regulatória: essa métrica verifica se o pentest está em conformidade com as regulamentações específicas da indústria, como a GDPR, PCI-DSS ou HIPAA. A conformidade regulatória não apenas garante a segurança, mas também evita penalidades legais.

Impacto no usuário final: o impacto das vulnerabilidades e das falhas no pentest pode afetar a experiência do usuário final. Medir esse impacto é importante para entender como as vulnerabilidades podem prejudicar a reputação da empresa ou a satisfação do cliente.

Medindo a eficácia do Pentest

Usando KPIs para medir a maturidade do Pentest

A avaliação da maturidade do pentest é outro aspecto importante para entender a eficácia a longo prazo. Se a taxa de descoberta de vulnerabilidades e a frequência de vulnerabilidades críticas estão diminuindo, isso pode indicar que o pentest atingiu uma maturidade suficiente para o nível de testes que está sendo realizado. Nesse caso, é preciso dar o próximo passo: explorar abordagens mais avançadas, como a automação de testes ou a utilização de pentests assistidos por código.

À medida que o programa de pentest avança, a transição de um processo ad hoc para uma abordagem estruturada e contínua reflete um maior nível de sofisticação e maturidade, permitindo que a empresa se antecipe a ameaças de forma mais eficaz.

A eficácia do pentest não deve ser medida apenas pela quantidade de vulnerabilidades detectadas, mas sim pela capacidade de transformar esses achados em ações concretas de melhoria contínua na segurança. O uso adequado de métricas e KPIs para avaliar o desempenho do pentest proporciona uma visão clara da eficácia das estratégias de segurança, ajudando a identificar pontos fortes e áreas de melhoria no processo.

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