A transformação do pentest: do modelo tradicional ao PTaaS

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Júlia Valim

A transformação do pentest: do modelo tradicional ao PTaaS

Uma das abordagens mais requisitadas para garantir que uma empresa esteja protegida contra os mais diversos tipos de ataques cibernéticos é o pentest. assim como as ameaças evoluíram ao longo dos anos, a maneira de realizar esses testes também evoluiu. O modelo tradicional de pentest deu lugar a alternativas mais modernas e eficazes, com destaque para o modelo Pentest as a Service (PTaaS), mas antes disso, existiu muito estudo e claro, testes na prática para entender como esta ferramenta ajuda no dia a dia das empresas.

A importância da evolução do Pentest: o Pentest as a Service

O Pentest as a Service (PTaaS) surge como uma resposta à necessidade de testes de segurança mais contínuos, flexíveis e escaláveis. Ao contrário do modelo tradicional, que se baseia em testes pontuais, o PTaaS oferece uma abordagem mais dinâmica e em tempo real. Com isso, as empresas podem identificar vulnerabilidades de forma contínua, ajustando suas defesas conforme novas ameaças surgem.

Esse modelo reflete uma mudança importante na forma como as empresas encaram a segurança cibernética. Os líderes, antes de verem o pentest como uma atividade pontual e cara, agora o consideram uma parte essencial da estratégia de segurança, sendo fundamental para prevenir ataques e reduzir os danos financeiros e reputacionais. Mas, é importante frisar que este está longe de ser um dos primeiros modelos.

Linha do tempo: do Pentest tradicional ao PTaaS

O conceito pode até parecer mais atual, mas a história do pentest remonta à década de 1960, com os primeiros passos da computação digital. A popularização da internet em meados de 1990 fez com que as ameaças surgissem e por consequência, a necessidade de preveni-las também passou a ocupar certo espaço.

É possível delimitar uma linha do tempo para a criação, desenvolvimento e cenário atual do pentest:

  • Década de 1960 a 1970: o conceito surgiu através de equipes especializadas. A primeira nomenclatura usada foi de Tiger Team, termo criado pela NASA a fim de nomear grupos dedicados aos problemas focados nas missões espaciais.
  • Década de 1980 a 1990: o período marca o surgimento do worm Morris, que gerou a primeira condenação nos EUA por violação de segurança e marcou o início da conscientização sobre a necessidade de testar os possíveis riscos cibernéticos.
  • Década de 2000 a 2010: o surgimento de frameworks como o OSSTMM e a introdução de requisitos de conformidade como o PCI DSS exigiram que as empresas realizassem testes de segurança regulares.
  • Década de 2010 a 2020: os pentests começam a se firmar como uma prática comum para segurança interna; Com a computação em nuvem e dispositivos móveis crescendo de maneira ampla, torna-se essencial avaliar os pontos de vulnerabilidade.
  • Década a partir de 2020: com o aumento de ataques como ransomware e violação de dados, a demanda por modelos contínuos e mais flexíveis de pentest cresceu, abrindo caminho para o PTaaS.

A evolução do Pentest - Timeline do PTaaS

Pentest tradicional: um modelo funcional, porém antiquado

O modelo tradicional de pentest, embora tenha sido importante em sua época, apresenta limitações claras. Realizado em uma data específica, este tipo de teste oferece apenas uma visão pontual da segurança de uma empresa, deixando vulnerabilidades passarem despercebidas entre os períodos testados. Além disso, o pentest tradicional tende a ter um escopo limitado, focando em áreas predefinidas e negligenciando sistemas emergentes. A inflexibilidade do processo também dificulta a adaptação e expansão conforme mudanças na infraestrutura.

Analisando os resultados, é possível ver que os relatórios gerados carecem de um contexto aprofundado sobre o perfil de risco da empresa, resultando em recomendações pouco eficazes. Outro ponto negativo é o consumo intensivo de recursos, o que pode ser um obstáculo para realizar testes com a frequência necessária. O PTaaS supera essas limitações, oferecendo testes contínuos, flexibilidade no escopo e uma abordagem dinâmica para lidar com vulnerabilidades à medida que surgem.

Por que empresas precisam investir no Pentest?

Já não é novidade: o cenário de ameaças cibernéticas está cada vez mais rebuscado atuando firmemente contra as medidas de prevenção e remediação de vulnerabilidades. Empresas não podem se dar ao luxo de confiar em métodos simples de segurança, afinal, a contraparte das empresas não medirá esforços em ataques.

Muitas regulamentações de segurança, como o PCI DSS e a DORA, exigem que as empresas realizem testes de segurança regulares. As violações de dados podem resultar em multas pesadas e danos irreparáveis à reputação de uma marca. No caso de ransomware e outros tipos de ataques, os custos podem ser imensos.

Portanto, ao investir em um pentest, as empresas não apenas cumprem com suas obrigações legais, mas também protegem seus ativos mais valiosos, incluindo dados sensíveis e a confiança dos seus clientes.Analisando do ponto de vista financeiro, a resposta torna-se quase óbvia: os custos com um pentest são devidamente menores do que reestruturar uma empresa após um ataque bem sucedido.

Qual o futuro do Pentest?

O futuro do pentest está intrinsecamente ligado à evolução da cibersegurança. À medida que as ameaças cibernéticas se tornam mais sofisticadas, os modelos de teste também devem se adaptar. A tendência é que os serviços de PTaaS se tornem ainda mais dinâmicos, incorporando inteligência artificial e automação para realizar pentests de maneira mais eficiente e abrangente.

Além disso, a crescente implementação de tecnologias como a computação em nuvem, dispositivos móveis e inteligência artificial exigirá uma adaptação constante nos métodos de pentest, para que se mantenham alinhados com as novas formas de ataque.

A cibersegurança também está ganhando um foco maior em nível governamental, com vários países, incluindo Brasil e Costa Rica, implementando regulamentações mais rigorosas para a segurança de sistemas de IA e dados. Essas mudanças nas políticas globais refletem uma maior conscientização sobre a importância da segurança digital e podem gerar mais demanda por serviços de pentest.

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